sexta-feira, 11 de setembro de 2015

AfroAmerican Work Songs in a Texas Prison / (Canto-que-Dança) & A Filosofia UbuNTU



("Pete Seeger and Toshi Seeger, their son Daniel, and folklorist Bruce Jackson visited a Texas prison in Huntsville in March of 1966 and produced this rare document of of work songs by inmates of the Ellis Unit.

Worksongs helped African American prisoners survive the grueling work demanded of them. With mechanization and integration, worksongs like these died out shortly after this film was made.

Bruce Jackson's book Wake Up Dead Man (University of Georgia Press) is a highly recommended study of work songs in Texas prisons.

The large plantations in the U.S. South were based on West African agricultural models and, with one major difference, the black slaves used worksongs in the plantations exactly as they had used them before they had been taken prisoner and sold to the white men. The difference was this: in Africa the songs were used to time body movements and to give poetic voice to things of interest because people wanted to do their work that way; in the plantations there was added a component of survival. If a man were singled out as working too slowly, he would often be brutally punished. The songs kept everyone together, so no one could be singled out as working more slowly than everyone else").

@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
(Canção-de-Trabalho)
As grandes plantações nos EUA do Sul foram baseadas em modelos agrícolas do oeste Africano mas, com uma grande diferença, os escravizados negros usando worksongs nas plantações exatamente como os tinham usado antes, tinham sido feitos prisioneiros e vendido para os homens brancos. A diferença foi esta: na África as canções foram usadas para os movimentos dos corpos e tempo para dar voz poética de coisas de seu interesse, porque as pessoas queriam fazer o seu trabalho dessa maneira; nas plantações adicionou-se um componente de sobrevivência. Se um homem fosse apontado como trabalhando muito lentamente, ele costumava ser brutalmente punido. As canções mantiveram todos juntos, para que ninguém pudesse ser apontado como trabalhando de forma mais lenta do que todos os outros.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Bob Marley - One Love



choir! choir! choir! sings Bob Marley - One Love (Featuring La-Nai Gabriel)

Várias Vozes & um Violão para Potencializar a proposta dessa Sonoridade que - (Cantando-&-Dançando) - conclama para um Abraço UbuNTU!!! Salve a Ancestralidade Africana!!!
Griô Produções - Mulheres do Tambor.

MULHERES DO TAMBOR

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Emicida no Estúdio Showlivre 2013 - Apresentação na íntegra


Transmitido ao vivo em 29 de outubro de 2013.

Emicida é o destaque do Estúdio Showlivre (www.showlivre.com) transmitido ao vivo no dia 29 de outubro de 2013.

#Curta a nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/showlivre


#Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/showlivre


#Veja e curta as nossas fotos no Instagram: http://instagram.com/showlivre


#E tem muito + do Emicida no showlivre.com: http://bit.ly/HtGpCV


+Showlivre, movido à música: http://showlivre.com/

Setlist:


1- Hoje cedo 13:21

2- Levanta e anda 17:41
3- Zóião 20:50
4- Gueto 24:47
5- Bang 28:00
6- I love quebrada 46:24
7- Ubuntu Fristaili 51:27
8- Sol de giz de cera 56:15
9- Hino vira lata 59:30
10- Nóiz 1:04:04

Perfil:


"O que faz o caminho são os passos. Desde a primeira aventura neste mundo essa máxima norteava nossos caminhos. Veio um single, depois uma mixtape, duas... a cada lançamento um novo aprendizado. Conseguimos.

Depois de duas bem-sucedidas mixtapes e dois também bem-sucedidos EPs, era o momento de realizar o sonho inicial: gravar o primeiro álbum. Mas como conseguir fazer algo diferente quando já se construiu uma trajetória como a nossa?

A resposta, talvez, esteja na oportunidade de criar baseado 100% na poesia, direcionar a produção de acordo com as rimas, construir passagem por passagem para chegar a um resultado ideal em conjunto, coisa que muitas vezes não havia sido possível, pela forma amadora como fizemos os trabalhos anteriores.

O critério sempre foi: "Vamos fazer um álbum de música brasileira contemporânea em que o sentido será dado pela música falada, o rap". Para tal, convidamos alguns artistas que nos encantam, como Rael, Pitty, Ogi, Fabiana Cozza, Juçara Marçal, Wilson das Neves, Dona Jacira, Quinteto em Branco e Preto, Rafa Kabelo, Tulipa Ruiz, MC Guime, entre outros, nas faixas produzidas por Felipe Vassão.

Já sei que muitos vão perguntar a razão deste título: eu o considero um retorno, por termos circulado por tantos locais sem um disco oficial, e ao mesmo tempo uma primeira vez, por ver tudo se redefinir a cada vez que se coloca um novo projeto na rua. Enfim, nasceu a criança.

Acredito que música, quando você tem que explicar muito, é porque foi feita de forma errada. É melhor que as pessoas dêem "play" e sintam. Tá aí o álbum oficial." - Emicida.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ameth Male - (Asa Branca: Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira)



Ameth Male (Senegal) - Asa Branca - (Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira).  Lindo demais, Fernanda Cavalcante! Muito Obrigado! Valeu Mesmo! Sim, Música que eu também passei a chamar de (Canto-que-Dança)!!! Salve!!! Ancestralidade Africana UbuNTU!!! Sim, foi massa Mesmo. "Asa Branca" (Cantando-&-Dançando) no Ritmo da Ancestralidade Africana. Massa! Afroabraço, baby! - (Wellington Pará...)

Glória Pires & A Família Engajada!!!

Wellington Pará - Que Linda essa Inteligência Chamada Sensibilidade!!! 
Emoticon heart Emoticon heartEmoticon heart Emoticon heart Emoticon heart Emoticon heart Emoticon heart



Ao lado da família, Glória Pires faz campanha contra a homofobia, transfobia, racismo e o machismo


(“A atriz Glória Pires postou na manhã de hoje, 07 de setembro/2015, dia da Independência do Brasil, em seu perfil no Facebook,  uma foto ao lado da família sob a legenda “Viva a Independência” em protesto contra a homofobia, transfobia, machismo e o racismo, formas de preconceito ainda tão comuns no Brasil.

Por Tiago Minervi.

Todos vestiam camisetas que combate um determinado tipo de preconceito:

Glória e Cléo Pires vestiam uma camiseta em combate à intolerância contra lésbicas: “Você não precisa ser lésbica para lutar contra a lesbofobia”, afirma;

Na de seu marido, Orlando Morais a luta é contra o racismo: “Você não precisa ser negro para lutar contra o racismo”;

Antonia Pires de Morais, que também é artista, vestia uma camiseta em apoio à luta das mulheres trans: “Você não precisa ser trans para lutar contra a transfobia“.

A filha mais nova da atriz com o músico Orlando, Ana Pires de Morais, faz campanha contra a homofobia: “Você não precisa ser gay para lutar contra à homofobia“.

Completa a imagem, Bento, filho mais novo da artista que também entrou no clima anti-intolerância: “Você não precisa ser mulher para lutar contra o machismo“, está escrito em sua camiseta.

Combate à homofobia

No começo do ano, Glória Pires participou ao lado de outros artistas de uma campanha nacional contra a homofobia, preconceito bastante recorrente no país e que faz, no mínimo, uma vítima fatal todos os dias, segundo dados liberados pelo Grupo Gay da Bahia.

É importante ressaltar também que o Brasil é o líder mundial na violência contra travestis, transexuais e um dos que mais agridem mulheres. Em relação ao racismo, o país figura entre os mais racistas do mundo”) – Por Tiago Minervi.

sábado, 5 de setembro de 2015

Joel Rufino dos Santos - Café Filosófico: Palestra "O Encontro com o Outro"



JOEL RUFINO DOS SANTOS - Palestra: "O Encontro com o Outro" - (Em: 12/03/2004).
Link Vimeo, da Palestra "O Encontro com o Outro": JOEL RUFINO DOS SANTOS - (Historiador e Romancista - 1941 - 2015)

LINK YOUTUBE: youtu.be/XLrPPqw0QOI
Gravado no dia 12/03/2004
("Joel Rufino aborda o conceito de democracia racial e de cultura universal. Diz que na vida, todo tempo, estão nascendo processos culturais autônomos, com relação ao mercado e ao Estado, que em um determinado momento são apropriados por eles. Esses processos culturais produzem seus intelectuais que inventam, criam, educam. Rufino coloca que a democracia, os direitos humanos e a cultura não são universais.
Joel Rufino dos Santos: doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, onde lecionou literatura. Historiador, romancista e membro do Comitê Científico Internacional do Programa Rota do Escravo-UNESCO. Publicou A história Política do Futebol Brasileiro; Crônicas de indomáveis delírios e Quando eu voltei, tive uma surpresa, premiado com o troféu Orígenes Lessa, na categoria Melhor para o jovem, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em 2000").

Lindo o Joel Rufino dos Santos falando que o Bumba-meu-Boi é um Autodramatico de Negros. Penso que nós podemos ainda acrescentar que, também na Literatura de Antonio Olinto, "A Casa da Água", 1969, há passagens tão belas e significativamente assentando o Bumba-Meu-Boi como originário do berço da humanidade: o Continente Africano. Essa é a Exu(berância) da Ancestralidade Africana que faz do Desejo de Catirina, (Canto-que-Dança) & proteção nas Águas Doce, encarapitadas nas Penas Ecodidé!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EMICIDA - O Racismo é a minha Luta para a Vida

Em: 16/08/2015 – domingo


"O RACISMO É A MINHA LUTA PARA A VIDA", diz Emicida; leia entrevista na íntegra.
AMANDA NOGUEIRA, DE SÃO PAULO - (Em:16/08/2015 - 14h00).

Com novo disco, lançado no início de agosto, o rapper Emicida reacendeu o debate sobre o racismo, que considera ser sua "luta para a vida" e "o maior problema do Brasil hoje em dia".

"Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa" inclui faixas que abordam questões sociais levadas ao extremo, como "Boa Esperança", cujo clipe apresenta um cenário de guerra civil, quando empregados de uma mansão rebelam-se após serem humilhados no trabalho.


Ainda que transmitam mensagens vorazes em uma tentativa de confronto à injustiça social, as canções do álbum possuem melodia lúdica e alto astral, como em "Passarinhos", gravada em parceria com a cantora Vanessa da Mata.

Algumas faixas foram gravadas durante viagem a Cabo Verde e Angola e contam com arranjos de músicos locais; outras, com parceria de artistas como Caetano Veloso, que participa de "Baiana".

Emicida faz show no Sesc Pinheiros na próxima sexta-feira (21), no sábado (22) e no domingo (23), e comenta o novo disco em entrevista à sãopaulo. Confira na íntegra.
*
Por que decidiu conhecer Cabo Verde e Angola e qual sua lembrança mais marcante dessa viagem?

Essa já era uma vontade antiga. Eu sempre li sobre a África, sempre me interessei em entendê-la sob vários aspectos, a música, a história, a crueldade das pessoas sendo escravizadas no Brasil, é a minha ancestralidade. Com o tempo, o rumo que a minha carreira foi tomando, isso foi ficando mais latente e ao mesmo tempo se tornando uma possibilidade mais próxima de ser real do que apenas um sonho, sabe. A oportunidade surgiu com o patrocínio da Natura, então lá fomos nós. Estes países foram escolhidos propositalmente por serem de língua portuguesa e este ano comemoram 40 anos de independência. O título do disco é a melhor síntese, creio eu, das minhas lembranças mais marcantes. Foi encantador ver o modo simples de vida daquele povo em meio a todas as limitações que a vida impõe. Crianças sorridentes, quadris dançando sem que aquilo seja uma ofensa, seja criminalizado. Eu me lembro de ir à casa de uma senhora em Cabo Verde e ela me pedir desculpas porque as flores não haviam surgido ainda naquele período e a paisagem não estava tão bonita. Essa é uma lembrança marcante, que vem à tona quando essa pergunta me é feita.


Li que o nome da música "Boa Esperança" veio do livro "A Rainha Ginga", de José Eduardo Agualusa. Poderia me contar como foi isso?

É o nome de um navio negreiro que veio para o Brasil. Os navios negreiros que chegavam aqui tinham todos nomes bonitos, de coisas boas. Isso de uma coisa que era sinônimo de horror ter um nome bonito, até poético, ficou na minha cabeça. Muito da literatura africana me inspirou. Me vem à mente também o "As Aventuras de Ngunga", do Pepetela. A história é um soco no estômago, de um menino angolano, um soldado ainda jovem. Como eu vinha pesquisando sobre isso há anos, sem nem imaginar que faria essa viagem, e que ela se desdobraria em um disco, acho que muita coisa me inspirou até de forma indireta. A literatura africana é riquíssima, mas nem tudo chega aqui. Só que eu fui descobrindo muita coisa durante as minhas turnês pela Europa, em Portugal, por exemplo, é fácil achar muita coisa. Qualquer conexão em Lisboa já é suficiente pra eu perder horas em uma livraria (risos).

O disco aborda a questão do racismo de uma forma bem direta e você chegou a declarar que essa é a questão primordial para você. Acredita que o seu trabalho tem poder de mudança no cenário que vivemos?

Primordial para mim e o maior problema do Brasil hoje em dia. É o pano de fundo, nunca admitido, das razões para a desigualdade, para a discriminação. Seria maravilhoso que meu trabalho por si só tivesse o poder de mudar esse cenário em que vivemos, mas não acho que eu sozinho possa reverter algo que está impregnado no cotidiano do país desde a chegada dos escravos. O que eu não posso deixar de fazer é de apontar para isso, é de lembrar que, sim, somos um país muito racista.

Ao mesmo tempo é um disco com uma sonoridade lúdica e canções alegres. Por que essa combinação ao tratar do assunto?

Porque a música africana é isso, eu trouxe instrumentistas africanos, eu trouxe ritmos africanos, e não acho que tudo precise soar como "Boa Esperança" para que eu consiga transmitir a mensagem que desejo, digo no sentido da letra e do instrumental. Não é preciso muita reflexão para sacar que "Passarinhos" traz ali uma questão social. Eu não faço essa reflexão do "por que não fazer essa combinação" porque não sei onde está escrito que é proibido, que não se pode fazer. Eu bato na tecla da liberdade da minha arte, sabe. Não estou tratando com desdém dessa questão tão lamentável quando dou a ela uma roupagem como a de "Passarinhos". Só estou chamando a atenção para ela de uma forma diferente da que fiz em "Boa Esperança".


Você pretende continuar abordando este tema nos próximos trabalhos?

O racismo é a minha luta para a vida, acredito eu, para que minha filha não precise crescer em um ambiente como o que eu cresci e infelizmente eu nem acho que isso seja possível, talvez para os filhos dela apenas. Então acredito que sim, eu estarei às voltas com isso por toda a minha vida, não é uma escolha. Possivelmente nas minhas músicas também.

Você acha que o rap virou moda ou já o enxerga como um gênero consolidado na música popular brasileira? Como fortalecê-lo ainda mais?

O que vai fortalecê-lo é a consistência das obras. Desde que eu era adolescente o rap esteve na minha vida, Racionais sempre foi aula de história. São 25 anos de história, formando gerações, inspirando possivelmente todos os MC’s que hoje vemos aí fazendo sucesso. Não é uma história mais do que consolidada na música brasileira? Para mim sempre foi. Talvez tenha virado moda para determinada parcela que sempre teve preconceito com o gênero, que não conhecia. Uma outra parte do público gosta de alguns grupos, mas não conhece a história do gênero, o que acho natural também, embora fosse melhor se essas pessoas tivessem o desejo de se aprofundar.