segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

(#Canto_Que_Dança) do Compartilhamento Coletivo via Headphones: A Festa da Cobra que Roda Comendo o Próprio Rabo!

Marisa Monte - Água também é Mar


Sim, merecidamente nós encontramos um lugarzinho na tese, cheio de sutilezas elegantes, para fazer o devido agradecimento a esse objeto, para nós – verdadeiro bordado – que redimensionou nossos compartilhamentos. Sim, por gentileza, deixe-nos solicitar nesse momento algo que, mesmo parecendo bizarro, sempre tira onda quando ele some. Estamos nos referindo ao (Silêncio)! Por onde ele anda?  

Nossa proposta de Educação Teatral – por ser (#Canto_Que_Dança) – deixa transparecer essa implicância com o código da escrita, como bem nos mostrou "EXU - A BOCA DO UNIVERSO". Ficamos empanzinados de tanto comer silabação e palavras esdrúxulas. Pelo amor de Ifá, não dá mais. Chega! Nossos Ancestrais African@s Atemporais foram @s primeiros a nos dizer que o Tambor Fala como ninguém. Disso já sabiam os Dogon, no Mali, assim como, os Iorubás, para quem o próprio corpo pode ser um altar, a (#Cantar_e_Dançar) celebrando ao som dos Tambores.

É assim que estamos gestando & parindo, com um jeito próprio, a nossa maneira de  —  afetuosamente  —  (#Cantar_e_Dançar), como sabiamente ensinam noss@s Ancestrais African@s Atemporais. No Candomblé de Nação Ketu, originário da (Nigéria — Togo — Benin), os orixás se comunicam, principalmente, através da Fala dos Tambores. Nada seria pleonasmo se associássemos à Mãe-da-Humanidade a um Tambor. Tambor é a Mãe do Ritmo! Ritmo que faz (#Cantar_e_Dançar) tanto os Cortejos de Afoxés (Ijexá), bem como, nosso Teatro Afroancestral Cearense do Bumba-Meu-Boi.  Também é pelo (#Canto_Que_Dança) que celebramos o Amor que Encosta nas Costas de Oxum por Logun. Esse Amor que sempre me estimulou querer conhecer seu porquê, nasceu da audição silenciosa de uma canção-radiofônica, do LP Realce (1979), do Gilberto Gil, faixa nove, “Logunedé”. Sim! É com muito prazer que desvelamos essa Festa abraçados à Oralidade do Continente-Mãe para chancelar que, o código da escrita quis nos passar gato por lebre. Ah tá! Minha primeira conta de e-mail foram sinais de fumaça alegre & festivamente carregados de precisas informações. Do mesmo modo como, o que havia nas cavernas, não eram tratados transatlânticos. E também, outro fator determinante da proposta (#Canto_Que_Dança) foi saber que na Sociedade dos Egungun, na Nigéria, eles (#Cantam_e_Dançam) para comemorar a Vida e a Morte, sem nenhuma hierarquia de uma sobre a outra.    
                                   
Veja bem, meu bem, o link com o bordado dos headphones mora bem aqui. As Canções-Radiofônicas que passaram pela Intuição das Batidas do meu Coração, nós as nomeamos de (#Canto_que_Dança). Sem esquecer de que, ao denunciarmos a ausência de silêncio, nós anunciávamos que era preciso paz para (#Cantar_e_Dançar) essa sabedoria d@s noss@s Ancestrais-African@s-Atemporais. Atualizar essa Tradição tem sido tarefa maternal de muito Amor amamentado pelo nosso Compu(T)ambor! Mas também, uma saída bela & pertinente se nos apresentou com o nome de Pinterest: (500 caracteres para redimensionar nosso abobalhamento diante das mais indescritíveis imagens). Quantas cores tem mesmo esse Continente-Mãe? Nessa Rede Pinterest foi bem festivo atestar que visibilizar nossa Ancestralidade Africana faz bem à pele. É Representatividade (#Canto_Que_Dança) da mais fina elegância.

E agora - à beira do abismo - bordando tranquilamente ao som das águas mansas de Oxum, nós pudemos constatar como Água & Silêncio são filh@s da mesma doçura do mel das flores. Nesse Tear nada mais há, a não ser compartilhar a gratidão da Existência (#Ubuntu) & a Sabedoria Ancestral Africana possibilitada pelo Silêncio das Águas: “Na distância, há de sonhar / Há de estancar / Gotas tantas não demora sede estranha”.